A fasceíte plantar é um processo inflamatório na fáscia plantar, que é um tecido localizado na sola dos pés, localizado do calcanhar até a base dos dedos. Uma das características da fáscia é que ela é um tecido pouco elástico, e por auxiliar na absorção de impacto está susceptível a sobrecarga e consequentemente uma inflamação.
O principal e mais comum sintoma da fasceíte plantar é muita dor nos calcanhares ao levantar da cama de manhã. Esse sintoma ocorre devido ao fato que ao dormir nossos pés tendem a ficar mais relaxados e com a ponta dos pés para “baixo”, causando um encurtamento maior desse tecido, e ao levantar e começar a caminhar, a fáscia é estirada bruptamente o que vai gerar o disparo de dor em pacientes sintomáticos. Um fato curioso sobre a fasceíte é que com o passar das horas após esse pico, a dor tende a diminuir de Intensidade, porém algumas pessoas podem apresentar a piora dos sintomas ao final do dia após ficarem muito tempo de pé por exemplo. Mas quais são os fatores de risco da fasceíte plantar?
Alguns fatores podem desencadear a fasceíte, tais como: pé plano, ou pé chato. Esse tipo de pisada plana (quando o pé fica mais desabado no chão e com um maior contato da sola do pé no solo) pode ser chamada de “chata” acaba alterando a pressão plantar e distribuição do peso corporal nos pés, levando à alguns tecidos do pé mais carga do que eles estão
preparados, e com o passar do tempo essa sobrecarga vai se tornando uma inflamação, podendo vir a ser um processo degenerativo da fáscia. Outro fator de risco são os pés cavos,
ou seja, aquele pé que tem um arco medial (parte do meio do pé) muito alto, e essa característica está ligada ao fato da fáscia ser pouco elástica, e em pés com o arco mais alto a
fáscia tende a ser mais “encurtada” o que deixa ainda mais esse tecido com pouca mobilidade, aumentando assim a tensão na fáscia ao caminhar e consequentemente inflamação. Outro fator de risco é a fraqueza da musculatura dos pés (nossos pés tem diversos músculos que absorvem o impacto e auxiliam no bom funcionamento dos pés), que vai gerar uma maior sobrecarga em outros tecidos e tendões dos pés. Outro fator de risco para a fasceíte plantar é a diminuição de amplitude de movimento do dorsiflexão do tornozelo, o movimento de puxar a ponta dos pés na direção da cabeça, essa alteração de mobilidade também causa um desarranjo na mecânica do pé que pode levar a uma maior sobrecarga na fáscia plantar. E como podemos tratar essa dor?
O tratamento da fasceíte é realizado com o objetivo de corrigir sobrecargas mecânicas nos pés, e uma ferramenta muito utilizada e eficaz é o uso de palmilhas sob medida, fortalecimento da musculatura dos pés, auxílio de terapias como o Laser de baixa intensidade para o controle do processo inflamatório, e liberação miofascial da musculatura das pernas, restauração do movimento do tornozelo (quando necessário), e retorno gradual às atividades físicas. O tratamento da fasceíte plantar é sempre individualizado para cada paciente, e pode variar de pessoa para pessoa.
A utilização de calçados com mais conforto é outra recomendação para os pacientes que apresentam a fasceíte plantar. Calçados muito duros e com pouco mobilidade não são
indicados pois nossos pés precisam de mobilidade durante o caminhar e em pacientes que ficam por um período de tempo prolongado de pé é recomendável ser confortável.
Se você sofre de dores na sola dos pés saiba que existe tratamento e que é possível retornar para sua atividade física favorita.
Não deixe sua dor atrapalhar a sua vida!
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